Adeus, eu vou, sem lugar, sem país, Estranho sou, nesse mundo feliz. (Refrão)
Ah! Meu olhar na vidraça ficou. Eu voltei e ninguém percebeu Que o relógio do hall descansou. A cortina, o abat-jour, uma vida Se foi sem adeus.
Do meu corpo, meu terno sem cor, Vejo quadros, antigos salões Apagados no pó que restou. Uma herança, um fim.
Peço a benção meu pai, que eu já vou, Sem saber meu lugar, meu país. Estranho sou, nesse mundo feliz.
Mágoa, de onde vem essa mágoa?, mágoa... Tento aprender uma estrada, a mulher convidada O abrigo, a chegada, a verdade sem dor...
Chora, no teu som tudo chora, chora, Sempre que tua força vai embora, Vê que a morte é o começo (Sem velório, sem terço) De uma voz que falou:
Adeus, eu vou... (Refrão)
Ah! O segredo das mãos que toquei, O misterio do choro que eu vi, O passado, um presente levou E eu nem percebi:
Que uma vida nasceu de um adeus Que ficou na distante mansão. Onde o mundo antigo guardou A verdade que eu não conheci.
Meu caminho é um só, digo adeus a meu pai, Que eu já vou sem saber meu lugar, meu país: Estranho sou nesse mundo feliz... .....
Letra enviada por RUY MAURITY a: LAURO SOARES DE ALVARENGA, que a dedica aos pais de ambos.
Compositores: Jose Jorge Miquinioty (SICAM), Ruy Maurity de Paula Afonso (Ruy Maurity) (SICAM)Editor: Sony Music (UBC)ECAD verificado obra #3340661 em 31/Mar/2024 com dados da UBEM