A cruel saudade vai me apertando E às vezes cantando me ponho a chorar Pois quem foi criado no interior Não perde o calor daquele lugar
O lindo luar brilhando as campinas E lá nas colinas a brisa soprando Do alto da serra caindo a cascata Na borda da mata o sabiá cantando
A noite começa a se afastar Deixando o lugar para a luz do dia E os passarinhos contentes voando No semeando suas melodias
O gado pastando o capim da invernada A grama molhada ainda de orvalho As lindas caboclas varrendo o terreiro E os garimpeiros lavando o cascalho
Meu Deus que saudade da biquinha d'água Da cerca de tábua presa com cipó O vento trazendo de muito distante A som de um berrante lá dos cafundó
Eu nunca me esqueço daquele regato Saindo do mato da linda nascente São coisas que vivem no longe passado Mas fica gravado na alma da gente
Me orgulho de ser filho do interior Pois sei o valor dos meus conterrâneos A saudade aperta no meu coração Mas peço perdão se estou chorando
Aqueles velhinhos que deixei em pranto Já sofreram tanto com minha partida Mas eles não sabem que aqui na cidade Eu choro saudade da terra querida
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Celio Jaime da Silva (Jaime Sandoval) (SICAM), Waldemar de Franceschi (Nenete) (SICAM)ECAD verificado obra #20400 e fonograma #257417 em 28/Out/2024 com dados da UBEM