Aí vai o Galope do Tempo no seu corcel alado Não volta não salta nem para e nunca fica cansado Sua crina envolve meus sinhos sem muita caltela Com a guerra a peste a fome e a morte atrelados na cela
Como se fosse em busca de algo que nunca encontrasse Deixando seu rastro nos vincos e rugas, dessa minha face Seus olhos gigantes não dançam nem piscam parecem dopados Assim vai o Galope do Tempo no seu corcel alado
Quando lhe encontrei não acreditei, pois você não existia Como pode a ciência tentar explicar tamanha bruxaria Esse pequeno invasor na noite do ventre, vir a tona um dia
Mas parece que hoje é apenas o ontem de amanhã Entã foi agora nem faz uma hora Adão mordeu a maçã Sinto raiva do tempo, mas adoro esse vento Que ele insiste em soprar Expulsa por um aviso, ave do Paraiso, meus Braços erguidos irão te amparar
Aí vai o Galope do Tempo no seu corcel alado Sua trilha, caminha, nosso rumo e destino, seu significado Vamos tentando encontrar algo que justifique esse estranho legado Com vida pulsando entre as patas e cascos desse corcel alado
Compositor: Marcelo Drumond Nova (Marcelo Nova) (UBC)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2005 (20/Jul) e lançado em 2005 (15/Jul)ECAD verificado obra #6320432 e fonograma #919343 em 08/Abr/2024