Du Txai
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O Mergulho

Du Txai


ResquĂ­cios de precipĂ­cios de saudades
Que vem num rompante, instante qualquer
E fazem brotar risos do nada
Deixando meus contemporĂąneos passantes
Curiosos, intrigados, sem entender
Sabe quando vocĂȘ olha para algum lugar
E se imagina lĂĄ hĂĄ uns anos atrĂĄs
Pensa no que vocĂȘ faria
E percebe que repetiria tudo outra vez

Toda vez que lavo louça eu lembro dela
E aquela paciĂȘncia de trator
Que ela sempre teve
Fluida, intensa, viva, imensa
Imersa em nĂłs de saudosismo e espuma de sabĂŁo
Toda vez que em mim ecoa essa voz rouca
Penso que a minha boca nĂŁo seria a mesma
Mesmo depois que os nĂłs e as lĂĄgrimas
Cortassem os céus das loucas horas
De demora, de espera do que nunca foi meu
Fora da minha cabeça

Luminosas formas de dizer quaisquer besteiras
Meras tolices verdadeiras
Adormecidas maneiras de sentir profundamente
Acordando de uma sĂł vez
E a carne a navalha
Nada nĂŁo vai, nada mais

Toda vez que lavo louça eu lembro dela
E a paciĂȘncia de trator que ela sempre teve
Fluida, intensa, viva, imensa
Imersa em nĂłs de saudosismo e espuma de sabĂŁo
Toda vez que calo o pensamento
Pra sentir o impacto do mergulho
E encontrar submersa, de novo
A compreensĂŁo de que nĂŁo hĂĄ volta
Compositor: Eduardo Luiz de Paula Vieira (Du Txai) (UBC)ECAD verificado obra #13234887 em 30/Set/2024 com dados da UBEM

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